Como o fato envolveu seres humanos em momentos mais sofridos que acontece em um leito hospitalar, o fato se torna mais grave. E, se alguém falece em decorrência do fato?
Gostaria de comparar o fato trocando os formandos: um grupo de formandos de Direito invadem o fórum local. O que aconteceria com os postulantes à advocacia? Com certeza não receberiam a carteira da OAB e não poderia advogar até que cumprissem as penas do Estatuto, ou coisa pior.
Dizem que aqueles baderneiros vão entrar na Justiça pois querem participar da festa de formatura, decisão da reitoria**.
Deveriam reconhecer sim o erro que cometeram e se calarem aceitar a penalidade e eticamente guardar esse resultado como um aprendizado para sua futura vida profissional. Pois, homem não é vaca. Pois, até vaca merece respeito.
Provavelmente, o Ministério Público, se não entrou no caso, deve entrar já que essa atitude desastrosa não só fere a ética e a moral como também é "justo motivo" (Se é que poderíamos usar a expressão para um caso deste!) para uma ação penal com todas as conseqüências que a lei prevê para delitos dessa natureza.
* Dos 94 formandos, 14 participaram desse ato de baderna que foram identificados através de gravações feitas por pacientes ou parentes de internado naquele hospital.
** O reitor da Universidade Estadual de Londrina, Wilmar Marçal, rebateu os argumentos dos estudantes: “Não há tradição na Medicina de fazer esse tipo de manifestação. Os docentes mais antigos, inclusive, repudiam esse tipo de ato e acham que faltou maturidade e juízo aos alunos para entender que uma instituição pública tem que primar pela ética e pelo respeito ao paciente”.
Em nota, o Conselho de Médicos de Londrina parabenizou o conselho universitário da UEL pela decisão de reavaliar a certificação dos estudantes envolvidos na confusão. "O médico necessita ser o amparo, ser a força do doente, e para isto necessita ter caráter".
Veja o vídeo aqui (clique)
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